Aprovado pelo Conselho Técnico-Científico da Educação Superior
(CTC-ES) em agosto de 2009, o Roteiro para Classificação de Livros
passou, desde então, a servir de orientação - nas avaliações - às áreas
de conhecimento nas quais os livros constituem a principal modalidade de
veiculação de produção artística, tecnológica e científica.
 Carmem Aparecida Feijo – coordenadora da área de Economia (Foto: Guilherme Feijó - CCS/Capes)
A
Avaliação Trienal 2013 é a segunda experiência na utilização do roteiro
e, para a coordenadora da área de Economia, Carmem Aparecida Costa
Feijo, o processo da classificação de livros tem alcançado credibilidade
frente à comunidade de sua área. "Paulatinamente, temos percebido que a
comunidade vem se envolvendo mais, sendo mais curiosa e crítica em
relação ao processo, o que é muito produtivo."
 Ricardo Triska – coordenador da área de Arquitetura e Urbanismo (Foto: Guilherme Feijó - CCS/Capes) Segundo
explica o coordenador da área de Arquitetura e Urbanismo, Ricardo
Triska, vinculado à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o
fato da classificação de livros se basear na identificação de atributos e
dados referenciais sobre este e não sobre o livro em si, contribuem
para aceitação do processo. "O que fazemos é uma avaliação referencial,
nós não avaliamos o livro, não é um ranking de livros, a gente
identifica atributos no livro que o elevem para uma condição de maior ou
menor destaque em termos de representatividade da área. Então, não
utilizamos o livro como objeto de avaliação e sim dados referenciais
sobre ele. Essa avaliação sempre se vincula ao veículo de disseminação
da produção do conhecimento do programa de pós-graduação. Isso exige que
a área repense os seus veículos de disseminação e os qualifique de
importância no sentido de representatividade, o que consequentemente lhe
traz mais credibilidade." Maria Helena Weber – coordenadora de Ciências Sociais Aplicadas I (Foto: Guilherme Feijó - CCS/Capes)
Avanços Segundo a coordenadora da área de
Ciências Sociais Aplicadas I, Maria Helena Weber, os avanços são claros,
se comparados a Trienal 2010. "Tivemos um enorme avanço em nossa área.
Nesta edição, por exemplo, utilizamos um sistema feito pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que possibilitou que todos os
programas lançassem as suas obras neste e que ainda tivéssemos acesso a
relatórios por obras, por número de páginas, por tipo de edição. Sem
falar que, à medida que os pontos eram atribuídos, já recebíamos a
classificação no extrato correspondente. Isso eliminou uma quantidade
imensa de tarefas e etapas."
 Berenice Rojas – coordenadora da área de Serviço Social/Economia Doméstica (Foto: Guilherme Feijó - CCS/Capes)
Segundo
a coordenadora da área de Serviço Social, Berenice Rojas, sua área
também se beneficiou com o sistema desenvolvido pela UFRGS. "A melhora
no sistema foi significativa. O sistema desenvolvido pela universidade
para outras áreas permitiu que tivéssemos um sistema informatizado com
condições de avaliar os livros, gerar relatórios e acessá-los com
qualidade."
Para Rojas, a eficiência do sistema e seu constante aprimoramento
contribuem para mostrar o trabalho dos programas de pós-graduação. "O
livro na nossa área de humanidades é um veículo absolutamente importante
e tem um percentual bastante relevante na avaliação dos programas.
Nosso objetivo é que, ao qualificá-lo, possamos efetivamente mostrar
como os programas têm contribuído com a área na qualificação de seu
debate."
 Antônia Pereira Bezerra – coordenadora da área de Artes (Foto: Guilherme Feijó - CCS/Capes) A
coordenadora da Área de Artes, Antônia Pereira Bezerra, ressalta ainda a
importância da aproximação entre o sistema utilizado hoje e a Plataforma Sucupira.
"Esperamos que essa interface que instauramos e utilizamos possa
conversar com a Plataforma Sucupira numa esfera muito maior", disse.
 Rainer Randolph – coordenador da área de Planejamento Urbano e Regional/Demografia (Foto: Guilherme Feijó - CCS/Capes)
Projeção Para Rainer Randolph, coordenador da
área de Planejamento Urbano e Regional/Demografia, os resultados da
avaliação Trienal 2013, serão a base para a discussão de novas propostas
visando o aperfeiçoamento da classificação. "Ainda é cedo para falar de
propostas. A partir dos resultados desta Trienal, nós sentaremos e
discutiremos. Vamos fazer uma análise mais aprofundada depois que
terminarmos os trabalhos".
 Martonio Mont Alverne – coordenador da área de Direito (Foto: Guilherme Feijó - CCS/Capes) Já
o coordenador da área de Direito, Martonio Mont Alverne Barreto Lima,
ressalta a necessidade de avaliar os avanços da classificação de livros.
"Que essa evolução continue na qualidade e na quantidade, mas também no
avanço dessa evolução, para que a área disponha de mais mecanismos -
como eu creio que a Plataforma Sucupira será - para avaliar precisamente
cada uma dessas produções."
A área de Artes, por sua vez, já conta com um novo projeto, como
explica Bezerra. "Além do acervo material que constituímos na Biblioteca
de Letras do Centro de Letras e Artes, no Rio de Janeiro, para esta
avaliação 2013, nosso próximo projeto é a disponibilização dessas obras
avaliadas em versão digital."
 Eliane Zamith Brito – cordenadora da área de Administração/Turismo (Foto: Guilherme Feijó - CCS/Capes) Rojas
explica também que tipos de aspectos devem ser levados em consideração,
ao fazer projeções para avaliações futuras. “O fato desta avaliação
estar muito mais concentrada em coletâneas de grupos de pesquisa com
qualidade, saindo então da produção individual para a produção coletiva e
de pesquisa, é um aspecto que deve ser trabalhado com os programas de
pós-graduação para que tenhamos uma projeção para o próximo triênio.
Sempre lembrando que nosso objetivo é melhorar a qualidade da produção,
uma vez que a forma do programa de pós-graduação prestar contas públicas
é por meio de seus produtos, por isso eles têm que ser de muita
qualidade.”
Para a coordenadora da área de Administração, Ciências Contábeis e
Turismo, Eliane Pereira Zamith, a experiência com a ferramenta utilizada
para a classificação de livros será a base para novas discussões. “Com o
aprendizado que adquirimos no uso do sistema, fizemos um relatório
crítico de como este deveria se organizar para avançar nesse processo de
avaliação de livros. Com base nesses dados, poderemos fazer novos
avanços.”
Gisele Novais |